Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

matrimônio segundo Kierkegaard frente ao amor líquido de Zygmunt Bauman

2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 27; Issue: 54 Linguagem: Português

10.20396/tematicas.v27i54.12352

ISSN

2595-315X

Autores

Wanderley Costa de Oliveira,

Tópico(s)

Psychoanalysis, Philosophy, and Politics

Resumo

O conceito de matrimônio de Søren Kierkegaard (1813-1855) está expresso nos Stadier, que tem uma parte traduzida ao português como “O matrimônio”. Tomamos como ponto de partida que a reflexão do autor ainda pode ser pertinente ao contexto da Modernidade contemporânea, especialmente em diálogo com o conceito de “Amor Líquido”, presente na obra homônima do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017). O matrimônio, na visão de Kierkegaard, é a união de espírito em que os amantes celebram o amor, e para mantê-lo longevo, a manutenção do amor erótico é necessária, uma vez que o amor precede o matrimônio. Por outro lado, no “amor líquido”, a instabilidade, a fugacidade e o consumismo impedem a realização do matrimônio, flexibilizando-o a modos instantâneos e insensíveis à afetividade. A hipótese deste artigo é a de que uma convergência entre os autores está na condição que a vida conjugal é entendida: nada é estável existencialmente que possa durar para sempre nem antes, nem depois do matrimônio. Considerando a ligação que os conceitos de Kierkegaard e de Bauman podem ter com a perspectiva existencialista na Idade Contemporânea, poderemos observar como os laços afetivos foram abalados sensivelmente no século XX.

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