Artigo Produção Nacional Revisado por pares

DA NEGAÇÃO À REVISÃO: A FORMALIZAÇÃO LITERÁRIA DA COLONIZAÇÃO ISLÂMICA NA PENÍNSULA IBÉRICA EM EURICO, O PRESBÍTERO E EM HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 1; Issue: 66 Linguagem: Português

10.9771/ell.v1i66.35458

ISSN

2176-4794

Autores

Rodrigo Cézar Dias,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

<p>O presente artigo propõe uma leitura acerca de como a presença do Islã na Península Ibérica, enquanto experiência traumática negada na memória portuguesa, é elaborada literariamente em <em>Eurico, o presbítero</em>, de Alexandre Herculano, e em <em>História do cerco de Lisboa</em>, de José Saramago. A fim de levantar subsídios para fundamentar a análise das obras, parte-se de uma revisão bibliográfica a respeito das noções de trauma e memória, tendo como horizonte o conceito de memória cultural cunhado por Jan e Aleida Assmann. Por meio deste estudo, penso que seja possível considerar ambos os romances como marcos da representação da presença islâmica na literatura portuguesa: <em>Eurico, o presbítero</em> figuraria, pois, como negação desse trauma fundacional e <em>História do cerco de Lisboa</em>,<em> </em>como revisão que restitui alteridades soterradas pelos cânones historiográfico e literário de Portugal.</p>

Referência(s)