
A hipercrítica: mais uma volta no parafuso IV
2020; Volume: 29; Issue: 1 Linguagem: Português
10.14295/momento.v29i1.9691
ISSN2316-3100
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoEste artigo faz uma revisão e atualização do conceito de hipercrítica, proposto pelo autor há três décadas, no campo dos Estudos Foucaultianos. Como existem várias citações e referências a trabalhos anteriores escritos pelo próprio autor, é feita uma discussão acerca daquilo que muitos chamam de autoplágio. Argumenta-se que essa expressão é um oximoro e, como tal, implica uma contradição insolúvel. Dada a sua impossibilidade lógica, não faz sentido falar-se em autoplágio. Sendo assim, não há problema da autocitação desde que se informem as fontes originais. Explica-se que a hipercrítica é uma crítica radical que deve estar sempre disposta a se voltar sobre si mesma e criticar a si própria. Falar em radicalidade significa problematizar constantemente até a perspectiva em que ela se situa e as bases epistemológicas e teóricas sobre as quais se assenta. Nesse sentido, a hipercrítica se coloca na esteira do kantismo, mas assume uma perspectiva contingente e não-metafísica. São discutidas as possibilidades da hipercrítica no campo educacional, bem como sua efetividade e pertinência.
Referência(s)