Um Barão e suas memórias em disputa: Grão Mogol (MG), Chapada Diamantina (BA) e Rio Claro (SP)
2020; UNESP; Volume: 16; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1808-1967
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste texto analisa a construcao de discursos de memoria distintos sobre o Barao de Grao Mogol, Gualter Martins Pereira (1825-1890), em Grao Mogol (MG), Chapada Diamantina (BA) e Rio Claro (SP). Em Grao Mogol, Martins Pereira e apresentado como um politico generoso, responsavel por obras importantes. Tal perspectiva tambem e difundida na Chapada Diamantina. Em Rio Claro, e tido como um cruel barao do cafe. Considera-se aqui o carater subjetivo da memoria (CANDAU, 2016). O modo como ele e lembrado e relembrado ao longo do tempo e continuamente atualizado, sem ater-se a uma reconstituicao fiel do passado, mas constituindo novos enquadramentos (POLLAK, 1989). Outro aspecto a ser problematizado diz respeito ao uso da fonte memorial para a analise da trajetoria de atores historicos, como o barao, pois se trata de narrativas dispares, que nao se conectam em politicas publicas de memoria e patrimonio cultural capazes de aproximar regioes distantes do pais.
Referência(s)