Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá
2020; Linguagem: Português
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/historia/heranca-tupinamba
ISSN2448-0959
AutoresCarlos Simões Pereira, Arthur da Costa Almeida,
Tópico(s)History of Colonial Brazil
ResumoEste trabalho é o resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre as origens históricas da cidade de Belém, metrópole da Amazônia, localizada às margens da Baía de Guajará, no lado oposto à Ilha de Marajó. Baseado principalmente na obra de D’Evreux, um cronista francês que andou por estas bandas por volta de 1613, logo depois da fundação do Forte São Luís, no atual estado do Maranhão, acompanhando os invasores franceses. Antes dessa época, já havia no Marajó o Cacicado Marajoara, um agrupamento indígena dos tupinambás, desde o V século da Era Cristã. Possivelmente por conta de mudanças climáticas, ocorreu a queda do Cacicado, levando a que transferissem a sua capital Meiry para o lugar onde hoje se ergue a cidade de Belém. Com a efetiva conquista do território pelos portugueses, os tupinambás foram para outros cantos e muitos se misturaram com a população, dando origem ao caboco paraense. Sua língua, bem como sua cultura, foram suprimidas pelos invasores europeus, principalmente depois do governo português do Marquês de Pombal, que expulsou os jesuítas da Amazônia. Vestígios dessa cultura tupinambá existem até hoje, principalmente nas comidas típicas, nos nomes de lugares, de ruas, de animais, no uso medicinal de plantas nativas, bem como na língua do dia a dia dos paraenses, tanto nas palavras como no modo de pronunciar alguns fonemas.
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