Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

(Co)memorar maio de 1968: o imaginário anarquista e a liderança negativa

2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 31; Linguagem: Português

10.1590/0103-6564e190057

ISSN

1678-5177

Autores

Patrícia Do Prado Ferreira,

Tópico(s)

Youth, Politics, and Society

Resumo

Resumo Em 2018, os “acontecimentos de Maio de 1968” co-memoraram cinquenta anos. No Brasil, co-memorávamos os cinco anos de junho de 2013, uma parte do composto do “ciclo de lutas”. Esses dois momentos têm em comum, entre outras coisas, o fato de nos fazer pensá-los ainda hoje, pois, apesar de terem findado enquanto ato, eles continuam a existir em termos de afeto e efeito. Eles fazem parte de uma memória coletiva, de uma co-memória, que permite que se participe junto em razão daquilo que deixaram no tempo depois. São significados, sentidos e restos que se manifestam no campo sócio-político e no campo de uma subjetividade coletiva. Neste trabalho, destaco dois elementos similares de tais eventos: o imaginário anarquista que os caracterizou e também a consolidação do que denomino de “liderança negativada”. A psicanálise serve como suporte teórico para as considerações, especialmente no que tange à questão do que se repete.

Referência(s)