Artigo Produção Nacional Revisado por pares

Interpretação automática. Problemas em aberto e algumas soluções / Machine interpretation. Open problems and some solutions

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

1983-3652

Autores

Marileide Dias Esqueda, Flávio de Sousa Freitas,

Tópico(s)

Natural Language Processing Techniques

Resumo

Trata-se de uma traducao do artigo de Jekat & Klein (1996) NOTA DOS TRADUTORES A interpretacao automatica (IA), ou traducao automatica de fala, e uma tecnologia que traduz discurso oral de uma lingua para outra atraves de tres funcionalidades acopladas em um unico sistema computacional: reconhecimento automatico de fala, traducao automatica e sintese de voz. Apresentado pela primeira vez em 1983, durante a convencao ITU Telecom, em Genebra, o conceito de IA veicula a ideia de sistemas capazes de promover a comunicacao entre pessoas que falam linguas diferentes de forma espontânea e eficaz. O presente artigo foi publicado originalmente em 1996 por duas pesquisadoras do Departamento de Ciencia da Computacao da Universidade de Hamburgo, que participavam do desenvolvimento do projeto de interpretacao automatica VERBMOBIL. Nas ultimas duas decadas, novos avancos surgiram no universo das tecnologias de processamento de linguagem natural. Desde entao, distintas abordagens tecnologicas emergiram; algumas foram aperfeicoadas e outras descartadas. Pode-se dizer que, atualmente, as maquinas aprendem de forma automatica ( machine learning ) e atuam em redes neurais artificiais ( artificial neural network ) que as tornam mais inteligentes do que no passado. Os problemas fundamentais com os quais as maquinas tem lidado durante a tarefa de traducao e interpretacao automaticas, no entanto, sao anteriores aos avancos da atualidade. E nesse sentido que este artigo e dotado de certo vanguardismo e, por isso, despertou nosso interesse em traduzi-lo para a lingua portuguesa do Brasil. Foco de nossas pesquisas desde 2016, a traducao e interpretacao automaticas, com enfase especial aos processos de reconhecimento automatico de fala, traducao automatica e sintese de voz, vem recentemente recebendo atencao em contexto nacional (FREITAS, 2016; FREITAS; ESQUEDA, 2017; ESQUEDA; FREITAS, 2019; FREITAS, ESQUEDA; 2020). Assim, a traducao que propomos e, quica, mais uma oportunidade de ampliar nosso horizonte de pesquisa e tornar a interpretacao automatica um objeto de estudo mais visivel aos interessados em tecnologias da traducao e interpretacao. No que tange a traducao propriamente dita do artigo, podemos dizer que, dos distintos metodos de traducao descritos por Hurtado Albir (1999) e Molina e Hurtado Albir (2002), quais sejam, interpretativo-comunicativo (por meio do qual se traduz o sentido), literal (passivel de transcodificacao linguistica), livre (com modificacao de categorias semioticas e comunicativas) ou filologico (em que ocorre uma traducao critico-academica de carater interlinear, isto e, trata-se de um metodo de traducao extremamente literal, em que as palavras sao apresentadas com suas traducoes linha a linha, sendo utilizado frequentemente na traducao de textos biblicos), optamos pelo primeiro, o metodo interpretativo-comunicativo. Ao fazermos uso deste metodo, buscamos fornecer ao leitor a intencao comunicativa expressa no texto de Susanne J. Jekat e Alexandra Klein, por vezes lancando mao de tecnicas tradutorias de transposicao (mudancas de categorias gramaticais), compensacao (introducao de informacoes ou efeitos estilisticos rearranjados em outro paragrafo ou lugar no texto-alvo), generalizacoes ou, ainda, de utilizacao de equivalente usual, isto e, adocao de uma terminologia consagrada pelo uso, como foi o caso do termo interpretacao automatica como equivalente para machine interpreting . Este termo, utilizado no titulo e no decorrer de todo o artigo traduzido, foi adotado com base em Freitas (2016), Freitas e Esqueda (2017), Esqueda e Freitas (2019) e Freitas e Esqueda (2020). Assim, agradecemos as sugestoes fornecidas pelos pareceristas do periodico Texto Livre: Linguagem e Tecnologia e esperamos que os leitores afeitos ao tema possam se sentir instigados a acompanhar e investigar os avancos das tecnologias relacionadas a traducao e interpretacao automaticas. REFERENCIAS ESQUEDA, M. D.; FREITAS, F. de S. A intencao discursiva nos sistemas de interpretacao automatica. Dominios de Lingu@gem , v. 13, n. 2, p. 511-551, 8 jul. 2019. DOI: https://doi.org/10.14393/DL38-v13n2a2019-4 . Disponivel em: http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/45057 . Acesso em: 8 maio 2020. FREITAS, F. de S. O Estado da arte da interpretacao automatica: do pos-guerra aos apps de traducao automatica de fala. 2016. 159 f. Monografia (Bacharelado em Traducao) - Instituto de Letras e Linguistica, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016. FREITAS, F. de S.; ESQUEDA, M. D. Interpretacao automatica ou traducao automatica de fala: conceitos, definicoes e arquitetura de software. Tradterm , Sao Paulo, v. 29, Julho/2017, p. 104-145. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v29i0p104-145 . Disponivel em: http://www.periodicos.usp.br/tradterm/article/view/134416 . Acesso em: 8 maio 2020. FREITAS, F. de S.; ESQUEDA, M. D. Traducao e interpretacao automaticas : origens. Curitiba: Editora CRV, 2020. DOI: https://10.24824/978854443937.1 HURTADO ALBIR, A. Ensenar a traducir : metodologia en la formacion de traductores e interpretes. Madrid: Edelsa, 1999. MOLINA, L; HURATDO ALBIR, A. Translation techniques revisited: a dynamic and functionalist approach. Meta: journal des traducteurs/Meta: Translators' Journal , v. 47, n. 4, p. 498-512, 2002. DOI: https://doi.org/10.7202/008033a . Disponivel em: https://www.erudit.org/en/journals/meta/2002-v47-n4-meta688/008033ar.pdf . Acesso em: 12 maio 2020.

Referência(s)