
Maternidade, ato político de resistência e luta: as Madres de Plaza de Mayo na busca dos desaparecidos da ditadura civil-militar argentina (1976-1983)
2020; Issue: 23 Linguagem: Português
10.32870/cl.v0i23.7413.g6562
ISSN2007-2120
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoEntre 1976 e 1983 a Argentina esteve sob uma ditadura que, comandada por uma Junta Militar, perpetrou diversas graves violacoes de direitos humanos, como o desaparecimento forcado. Apesar disso, organizacoes de direitos hu- manos e familiares das vitimas desaparecidas procuraram pelos seus familiares e ami- gos. Nesse contexto, este artigo busca analisar a trajetoria de um desses movimentos: as Madres de Plaza de Mayo, mulheres que lutaram e lutam ate hoje pelo paradeiro de suas filhas e filhos desaparecidos. Ao problematizar a categoria social da maternidade, conclui-se que houve uma politizacao da maternidade como instrumento estrategico de acao politica. Se antes eram vistas apenas dentro do espaco privado de suas casas as Madres, enquanto movimento, ocuparam as ruas e transformaram suas identidades ma- ternas em instrumentos politicos de disputa por espacos, discursos e autoridade perante a ditadura ao darem nome e rosto a seus filhos e filhas desaparecidos.
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