Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Mina secreta, aríete forçoso: o livro na historicização da Guerra Holandesa (1625-1660)

2020; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 28; Linguagem: Português

10.1590/1982-02672020v28d3e32

ISSN

1982-0267

Autores

Kleber Clementino,

Tópico(s)

Historical Studies on Spain

Resumo

RESUMO O presente artigo almeja a avaliar o que representou a introdução do livro, enquanto suporte físico de veiculação de narrativas, na historicização da Guerra Holandesa (1624-1654). Para tanto, examina os contextos de publicação de obras saídas dos prelos da Península Ibérica entre 1625 e 1660, alerta aos compromissos políticos e estratégias editoriais dos sujeitos envolvidos na tarefa. Toma como parti pris que a escolha de oferecer aos leitores um relato em panfleto avulso ou em livro in quarto ou in folio respondia a circunstâncias específicas e servia a métodos conscientes de visibilização de façanhas militares, em vista das recompensas socioeconômicas e culturais em disputa no Antigo Regime. Argumenta, ademais, que a escrita da história daquela guerra teve como enunciadores (em sentido lato), além da nobreza europeia, grupos pertencentes às elites ultramarinas A análise se embasa em conceitos formulados pela historiografia sobre a materialidade do livro e sobre seu advento na Modernidade, bem como nos estudos acerca da Guerra Holandesa e sua historicização.

Referência(s)