Tempo e liberdade na filosofia bergsoniana
2020; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português
10.12957/ek.2020.49448
ISSN2316-4786
Autores Tópico(s)Philosophical Thought and Analysis
ResumoNossa intenção com este artigo é analisar o modo como Bergson construiu uma crítica contumaz ao tempo da mecânica em contraposição ao tempo da experiência concreta. No seu Ensaio sobre os dados imediatos da consciência Bergson mostra como o tempo da mecânica é um tempo especializado (medir o tempo equivale a controlar que o movimento de um objeto em um espaço coincida com o movimento dos ponteiros dentro do espaço que é o quadrante do relógio). Bem diferente é o tempo da experiência concreta: se a espacialidade é a característica das coisas, a duração é a característica da consciência. A consciência capta imediatamente o tempo como duração. E duração quer dizer que o eu vive o presente com a memória do passado e a antecipação do futuro. Nesse sentido, veremos como Bergson liga à ideia de duração, como característica fundamental da consciência, sua defesa da liberdade e sua crítica ao determinismo, quando este presume poder explicar a vida da consciência.
Referência(s)