Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Utilidade e Racionalidade na Economia Neoclássica

2020; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.26512/rfmc.v8i1.29365

ISSN

2317-9570

Autores

Leonardo André Paes Müller,

Tópico(s)

Economic Theory and Policy

Resumo

A teoria da utilidade é o fundamento do marginalismo que serve de base à teoria neoclássica. Desde suas origens, na década de 1870, ela passou por diversas transformações: um início hedonista (Jevons), adquiriu contornos ordinalistas (Pareto) que foram radicalizados em meados do século XX, viu a retomada da cardinalidade (von Neumann e Morgenstern), a formulação da teoria da utilidade esperada (Savage) e da hipótese das expectativas racionais. Nesse desenvolvimento histórico, a utilidade e a noção de racionalidade a ela associada foram esvaziadas de qualquer conteúdo psicológico, tornaram-se indissociáveis de cálculos probabilísticos e voltaram-se para o futuro, mas se mantiveram sempre como a pedra fundamental da teoria neoclássica. Essa última, como não poderia deixar de ser, alterou-se profundamente em consonância a essas transformações em seu conceito de base. A interpretação proposta está baseada no arcabouço conceitual de Gilles-Gaston Granger.

Referência(s)