Artigo Acesso aberto Produção Nacional

O corpo angustiado em Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane

2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 27 Linguagem: Português

10.11606/issn.1984-1124.i27p37-53

ISSN

1984-1124

Autores

Fernanda Oliveira da Silva, María Teresa Salgado,

Tópico(s)

Race, Identity, and Education in Brazil

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura do corpo feminino, em Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane. Tal corpo, impulsionado pela angústia, se desloca e entra em contato com diversos espaços, levando-nos a conhecer Moçambique de Norte a Sul. Nesse sentido, buscou-se analisar como as marcas de subalternidade e os estereótipos refletem-se no corpo da protagonista e também discutir o próprio olhar da personagem a respeito de seu corpo, que é influenciado pela cultura e práticas sociais do local em que está inserido. Para tais discussões, utilizaremos O segundo sexo de Simone de Beauvoir, que analisa como o corpo da mulher é moldado desde a infância para ser visto como objeto e como o destino da mulher é ligado ao seu corpo. Cultura e representação de Stuart Hall nos auxiliará na análise dos estereótipos que são impostos aos corpos femininos. O livro Não serei eu mulher?, de bell hooks traz a imagem do corpo negro feminino no período colonial e relata como a mulher negra escravizada teve seu corpo sexualizado e explorado em tantos aspectos.

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