
ARTE E MERCADO NA FICÇÃO DE DAVID FOSTER WALLACE, OU OITO MANEIRAS DE SE OLHAR PARA UM "OCTETO"
2020; UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI; Volume: 9; Issue: 4 Linguagem: Português
10.47295/mren.v9i4.2784
ISSN2316-1663
Autores Tópico(s)Contemporary Literature and Criticism
ResumoO presente ensaio busca explorar alguns desdobramentos da relação entre ficção contemporânea e mercado de bens culturais por meio da obra do escritor norte-americano David Foster Wallace, no que diz respeito tanto ao processo de produção quanto a questões temáticas mais profundas. Para tanto, faz-se uso da ideia de uma passagem da subsunção formal para a subsunção real da arte ao modo de produção capitalista, tal como teorizado por Nicholas Brown (2015; 2019) a partir de Marx, encarada aqui do ângulo de uma preocupação crescente com o efeito do texto sobre o leitor. Tal preocupação é explorada aqui de duas maneiras: primeiro, por meio do árduo processo de editoração do romance Infinite Jest , tal como comentado por Wallace em uma longa entrevista de publicação póstuma, que assinala o desacordo entre as perspectivas do escritor e da editora quanto ao grau de dificuldade do romance; segundo, por meio de duas tentativas de análise do conto “Octeto”, a primeira de caráter metaficcional, e a segunda a partir da hipótese de que nele seria dada voz a uma espécie de devir-mercadoria da arte. DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i4.2784
Referência(s)