VOZES FEMININAS DA AMÉRICA: A POÉTICA SOCIAL DE GABRIELA MISTRAL E MARIA FIRMINA DOS REIS
2019; UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português
10.47295/mgren.v8i2.1843
ISSN2317-0433
AutoresMichelly Cristina Alves Lopes, Patrícia Rosicleia da Silva Sodré, Maria Mirtis Caser,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoPor muito tempo, apenas os homens brancos, reconhecidos socialmente, tiveram espaço na Literatura produzida na América Latina, tanto como escritores quanto como leitores. Essa realidade passa a se modificar a partir do momento em que autoras, através de seus escritos, alcançam notoriedade no universo literário, a exemplo de Maria Firmina dos Reis, que começa a produzir e publicar no Brasil no século XIX, sendo considerada a primeira romancista a escrever uma obra com viés abolicionista no país. O mesmo ocorre, no início do XX, em terras andinas, com a chilena Gabriela Mistral, que passa a publicar sua poesia carregada de sentimentos e criticidade como forma de protesto contra o sistema político e capitalista de seu país e, como resultado da força de seus escritos, é contemplada com o primeiro Nobel de Literatura na América Latina. As obras dessas escritoras desnudam suas histórias e vivências no continente e lhe servem como instrumento de crítica e emancipação social, em defesa do africano escravizado no Brasil, do povo campesino e indígena do Chile, assim como das mulheres dos dois países. Por meio da consciência crítica, as autoras utilizam a composição literária para expressar seu posicionamento diante da condição precária dos povos de sua terra natal, o que chama atenção pela sua postura em uma época em que não havia espaço para a voz feminina. Para fundamentar o contexto histórico e cultural, em especial no que diz respeito à inserção da mulher no mundo das letras e na sociedade latino-americana do fim o do século XIX ao início do século XX, recorre-se a alguns críticos literários como ponto de partida para o embasamento do trabalho, entre os quais estão Bella Jozef (1982), Jaime Quezada (1994), Regina Dalcastagnè (2012), assim como os pressupostos teóricos da crítica feminista, tais como: Luiza Lobo (1993), Susana Bornéo Funk (2013) e Djamila Ribeiro (2017). DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v8i2.1843
Referência(s)