Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Páginas da vida de um jovem arqueólogo: Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916)

2020; University of Évora; Volume: 11; Linguagem: Português

10.4000/midas.2141

ISSN

2182-9543

Autores

Ana Cristina Martins,

Tópico(s)

Amazonian Archaeology and Ethnohistory

Resumo

Inaugurado em 1910, o Museu Municipal de Castelo Branco nasceu da vontade e da acção de Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916), então com 27 anos. Pertencendo a uma das mais influentes famílias beirãs da época, F. Tavares Proença Júnior cedo se interessou pelo passado da região onde residia, percorrendo-a em demanda de sítios arqueológicos que assinalou e de artefactos que reuniu para com eles constituir uma colecção. Esta colecção estará na base do museu que projectou instituir desde 1902, por entre múltiplos apoios, desalentos e contradições. Tratou-se, contudo, de um plano individual de visibilidade pública que merece ser analisado enquanto materialização de uma agenda de afirmação pessoal alicerçada nos capitais granjeados por sua família, assim como nas diferentes tipologias de redes – incluindo territoriais –, e estratégias interpessoais tecidas ao longo dos tempos pelos seus antepassados e colaterais. Propomos, por conseguinte, demonstrar neste artigo a relação que foi sendo mantida entre o indivíduo F. Tavares Proença Júnior e os capitais, o território, a colecção, e museu e identidade(s).

Referência(s)