
As Horas: adaptação de Virginia Woolf para o leitor comum
2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 34; Linguagem: Português
10.11606/issn.2317-9511.v34i0p143-155
ISSN2317-9511
AutoresAna Carolina de Carvalho Mesquita,
Tópico(s)Shakespeare, Adaptation, and Literary Criticism
ResumoO filme As Horas (2003), de S. Daldry (mesmo diretor do cult Billy Eliot), adaptação cinematográfica do romance homônimo de Michael Cunningham, foi um grande sucesso na época de seu lançamento e rendeu um Oscar à atriz Nicole Kidman. Contudo, pouco se sabe que o filme representa um duplo processo adaptativo – um deles situado à frente, o outro oculto. Isso porque o próprio livro de Cunningham é, em si, uma adaptação: para escrevê-lo, o autor valeu-se de diversas obras da escritora Virginia Woolf – em especial o romance Mrs. Dalloway, mas também suas cartas e diários. À luz dessas considerações, este trabalho busca focar os processos singulares da “adaptação encoberta” feita por Cunningham em As horas. Isso porque desejamos os interstícios entre teoria da adaptação e teoria literária que possibilitaram trazer, uma vez mais, a escritora modernista Woolf para perto do leitor comum.
Referência(s)