Artigo Produção Nacional Revisado por pares

Esquizofrenia e Cognição

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA; Volume: 14; Issue: 4 Linguagem: Português

10.34019/1982-1247.2020.v14.30284

ISSN

1982-1247

Autores

Jorge Gelvane Tostes, Ana Claudia Bellini De Vasconcelos, Carla Benedita da Silva Tostes, Kesley Albert Neves Dias De Brito, Thales Fernandes de Souza, Renato Leonardo de Freitas,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

A esquizofrenia é um transtorno mental grave e incapacitante que tem como critérios diagnósticos sintomas positivos, negativos, discurso e pensamento desorganizado ou catatônico. Cursa com importantes disfunções cognitivas com impactos na atenção, na função executiva, em memória operacional e de trabalho, entre outras. Tais déficits podem estar presentes antes dos sintomas positivos ou mesmo, de maneira subsindrômica desde a infância desses indivíduos. A hipótese dopaminérgica é a mais aceita na gênese das disfunções neuroquímicas, mas há cada vez mais evidência do envolvimento de outros sistemas como o glutamatérgico e o serotoninérgico. No que se refere especificamente aos déficits cognitivos, destacam-se disfunções em córtex pré-frontal, especialmente sua porção dorsolateral e suas conexões com o hipocampo. Entende-se ainda que é muito importante a avaliação cognitiva das pessoas acometidas por essa patologia e existem baterias de testes neuropsicológicos disponíveis como é o caso do Measurement and Treatment Research to Improve Cognition in Schizophrenia (MATRICS) e de testes validados no Brasil como o Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia (BACS). Tendo em vista a elevada perda de funcionalidade e qualidade de vida desses pacientes, sobretudo daqueles mais acometidos na capacidade cognitiva, há uma necessidade de maiores esforços para o entendimento desse complexo transtorno com vistas a tratamentos mais eficazes e até mesmo desenvolvimento de estratégias preventivas.

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