
Conservadorismo moral, indeterminação da condição humana e ética democrática
2020; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 43; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15448/1981-2582.2020.2.35895
ISSN1981-2582
AutoresCláudio Almir Dalbosco, Ângelo Vitório Cenci, Miguel da Silva Rossetto,
Tópico(s)Seventeenth-Century Political and Philosophical Thought
ResumoO artigo argumenta que o conservadorismo moral da « comunidade moral bolsonarista » baseia-se em uma noção fechada e dogmática de mundo, assim como na ideia fundamentalista de ser humano como essência pronta e numa ontologia antropológica hierarquizada. A partir desse passo, recorre-se ao pragmatismo falibilista de Bernstein como referência crítica ao conservadorismo moral autoritário e ao perigo de fechamento do espaço público que ele representa. Na sequência, procura-se mostrar que essa maneira pública e crítica de pensar dá origem a uma noção aberta e plural de mundo e à compreensão da condição do ser humano como indeterminada, condição que contradiz o desejo irracional e desmesurado de onipotência. Conclui-se, por fim, defendendo-se que é o nexo entre mundo aberto e fragilidade humana, no marco de uma ética democrática, que cria as condições propícias para experiências éticas e formativas.
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