Artigo Acesso aberto Produção Nacional

EXU: O IMAGINÁRIO INDIVIDUAL E COLETIVO DO CANDOMBLÉ

2020; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português

10.18224/mos.v13i1.7683

ISSN

1983-7801

Autores

Paulo Petronílio Correia,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Propõe-se discutir a figura de Exu como sendo, a um só tempo, expressão do imaginário individual e coletivo. Portanto, é o Orixá da Diferença. Exu é considerado no Candomblé, religião de modalidade africana, um dos Orixás mais turbulentos e complexos. Tal complexidade se dá, certamente, pela demonização que sempre existiu em torno desse Deus tão híbrido, multifacetado e que aguça o imaginário da cultura brasileira pela sua polissemia e pela história distorcida pelo cristianismo que até hoje faz questão de desviar o olhar diante desse Deus que é, no fundo e na essência, potência viva e criadora do ser humano. Exu, como signo da Diferença se aproxima do Deus trágico Dionísio, deus do vinho, da alegria, da embriaguez e, certamente, da afirmação da vida. Assim, propõe-se um contorno estético em busca de uma compreensão mais plástica em torno dessa divindade tão importante e tão pouco comentada na literatura africana que é, de certo modo, a construção imagética de um dos nossos brasis que se fortalece como obra de arte.

Referência(s)