
As relações Brasil-China nos governos Lula e Dilma
2020; Volume: 15; Issue: 3 Linguagem: Português
10.21530/ci.v15n3.2020.1078
ISSN2526-9038
AutoresTatiana Berringer, Bruna Belasques,
Tópico(s)Economic Theory and Policy
ResumoEste trabalho analisa as relações entre os Estados brasileiro e chinês durante os governos Lula e Dilma. Busca-se confrontar análises acadêmicas que criticaram a política externa dos governos Dilma,tendo em vista o perfil da presidenta ou o impacto da diminuição do preço das commodities. Nossa hipótese é a de que houve continuidade da estratégia da inserção internacional do Estado brasileiro dos dois governos do PT, apesar dos resultados econômicos e da projeção política terem sido menores. Investigamos a posição da grande burguesia interna brasileira em relação à política externa. Concluímosque a crise da política doméstica e a nova dinâmica da economia política internacional acabaram produzindo efeitos pertinentes na composição da frente política neodesenvolvimentista, e, especialmente, para a perda de apoio da burguesia interna pelo governo Dilma. No entanto, é possível identificar que as relações com o Estado chinês não representam uma contradição latente no interior dessa fração de classe, apesar do aumento das importações chinesas para o Brasil desde 2008, isso porque há um relativo consenso entre o agronegócio e a indústria sobre a recepção dos investimentos chineses em setores estratégicos como energia e infraestrutura.
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