
Resiliência e Capacidade de Suporte do Parque Estadual do Ibitipoca (MG)
2020; Volume: 20; Linguagem: Português
10.34019/2179-3700.2020.v20.31005
ISSN2179-3700
AutoresCézar Henrique Barra Rocha, Wesley Badoco do Vale, Luiz Fernando de Paula Castro, José Martins Paravidino, Ana Luíza Fortes da Silva, Tamires de Oliveira Prado, Fábio Jacob da Silveira,
Tópico(s)Urban Arborization and Environmental Studies
ResumoA pressão sobre áreas naturais tem aumentado devido ao modelo artificial disponível nas grandes cidades adensadas com concreto e asfalto e desprovidas de áreas verdes. O parque mais visitado de Minas Gerais é o Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb), local ímpar e frágil por suas formações em quartzito e que precisa ser monitorado quanto aos impactos das visitações. Apesar da resiliência ao longo dos anos, é necessário medir a sua capacidade de suporte. Este trabalho apresenta a metodologia criada pelo NAGEA a partir da incorporação de novos elementos à Metodologia de Cifuentes (1992) com intuito de conseguir uma melhor adaptação à realidade brasileira. O novo método traz consigo a criação do fator de correção raízes expostas; alteração no fator acessibilidade através da classificação de rampas médias de 10% para 12%; acréscimo da vegetação lateral no fator de correção brilho solar; a conversão de ocorrências pontuais em lineares; e o uso da distância inclinada ao invés da horizontal. Em abril de 2019 no PEIb, foram monitorados os três roteiros disponíveis à visitação: Janela do Céu, Pico do Pião e Águas. Com o uso de receptores GNSS, as trilhas foram mapeadas e ocorrências como alagamentos, desgaste superficial do solo, raízes expostas e trechos com cobertura vegetal. Os dados foram processados, traçando a planta e o perfil longitudinal de cada trilha, determinando as rampas. Com a aplicação da metodologia, foi obtido os seguintes resultados: 959 visitantes diários em todo PEIb, sendo 152 no Circuito das Águas, 457 no Circuito Janela do Céu e 360 no Circuito Pico do Pião. Contudo, as metodologias de capacidade de suporte não são um fim em si, sendo apenas balizadora para estratégias mais abrangentes e integradas com o planejamento e o monitoramento de indicadores de impactos nas áreas protegidas.
Referência(s)