Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

JUSFEMINISMO E LITERATURA: A MULHER TRABALHADORA EM BRECHT

2020; Volume: 33; Linguagem: Português

10.47250/intrell.v33i1.14950

ISSN

1980-8879

Autores

Kelly Helena Santos Caldas, Míriam Coutinho de Faria Alves, Tâmis Hora Batista Fontes Couvre,

Tópico(s)

Brazilian Legal Issues

Resumo

O presente trabalho tem como premissa estrutural e metodológica a relação interdisciplinar entre direito, literatura e teatro. Através da obra do dramaturgo, diretor e escritor alemão Bertold Brecht, especificamente, da peça A Santa Joana dos Matadouros, serão articuladas abordagens jusfeministas para pensar a mulher trabalhadora. Por meio da fenomenologia-existencial, o direito é aqui pensado em sua narratividade, intertextualidade e intersubjetividade, não como um fim em si mesmo, mas como uma dinâmica dialética e histórica de relações humanas. A arte é para Brecht um espaço científico (PEIXOTO, 1974), assim como os estudos em direito e literatura são caminhos humanistas de encontro com o outro (GONZALEZ, 2016). Este lugar de alteridade coloca o leitor-espectador ao lado da Joana Dark brasileira, por meio do reconhecimento crítico do modo de produção capitalista e da divisão sexual do trabalho. A desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho é uma fratura exposta, onde ao homem cabe o prestigio e a produtividade e à mulher a exaustão, a inferioridade e a mera reprodutividade (CISNE, 2015). Palavras-chave: Bertold Brecht. Estética jusliterária. Mulher trabalhadora. Capitalismo. Divisão sexual do trabalho.

Referência(s)