Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A Marchadeira das famílias bem pensantes: a pintura de Flávio Império entre o máximo e o neutro teatral

2020; Issue: 29 Linguagem: Português

10.37916/arq.urb.vi29.478

ISSN

1984-5766

Autores

Yuri Fomin Quevedo,

Tópico(s)

History, Culture, and Society

Resumo

Este artigo parte da pintura A Marchadeira das famílias bem pensantes, realizada por Flávio Império em 1965, para perscrutar a maneira com que o artista elabora a crítica à ditadura militar por meio de seu trabalho. Para isso, retoma brevemente o termo Pintura Nova, e seus significados dentro da parceria com Sérgio Ferro e Rodrigo Lefévre, como uma instrumento de conhecimento da realidade, moldado a partir de seus elementos. Depois, levanta os comentários de Flávio Motta e Mário Schemberg na recepção crítica da obra do artista. E, por fim, a partir de textos do próprio Flávio Império sobre sua atividade de cenógrafo, aproxima a pintura das noções de sistema móvel, neutro e máximo teatral, influenciadas pela leitura que Anatol Rosenfeld faz de Bertold Brecht. O objetivo é aproximar as reflexões do artista à época entendendo sua pintura também como uma forma de elaboração dessas questões, tal como a arquitetura e a cenografia.

Referência(s)