Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

POR UMA TRADUÇÃO PERFORMÁTICA

2020; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 1; Issue: 39 Linguagem: Português

10.36517/revletras.39.1.3

ISSN

2358-4793

Autores

Elizabeth Ramos, Luana Lise Carmo da Solidade,

Tópico(s)

Art, Politics, and Modernism

Resumo

Este artigo busca fundar bases iniciais para o estabelecimento de um quarto tipo de tradução para além da tríade estabelecida por Roman jakobson (1969). Através das noções de escritura, acontecimento e intempestividade, pretendemos propor que a performance é um mecanismo de tradução que ressignifica a conjuntura histórica na qual está inserida. Desse modo, o que aqui intitulamos de tradução performática implica a concepção da cena da performance como um processo tradutório. Ou seja, apontamos que, através da cena, a performance cria rasuras em discursos oficiais e em estruturas de ordenamento cronológico – aderindo e ao mesmo tempo tomando distância de seu tempo – marcando, pois, a intempestividade (Nietzsche, 2003) da tradução performática. Propomos, ainda, que o sujeito ativo da tradução performática é o performer-tradutor que, por meio das performances, constrói dispositivos para que se torne aquilo que é – no vazio da possibilidade de existência como sujeito ativo do mundo, as performances funcionam como formas estéticas e políticas de recriação de existência. Palavras-chave: tradução performática, cena, conjuntura histórica.

Referência(s)