Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O reverso da dialética: lógos e epistéme na pólis clássica

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português

10.25187/codex.v8i2.36193

ISSN

2176-1779

Autores

Rodolfo José Rocha Rachid,

Tópico(s)

Classical Philosophy and Thought

Resumo

O artigo investiga a constituição da figura do filósofo, formulada por Platão em seus Diálogos, salientando as diferenças substanciais entre a ciência dialética e suas artes opostas, como a retórica e a sofística na pólis ateniense clássica. A atual pesquisa demanda uma nova abordagem da fisionomia do filósofo, dada por Platão nos Diálogos, especialmente em República V e VI, Fedro e Sofista, que denomino hermenêutica cultual, a fim de demonstrar que a atividade compositiva de Platão ressalta a coexistência entre os discursos figurativo e racional, pela qual ele concebe a natureza mítica e filosófica do ser e do não ser, da opinião, descrita como intermediária entre o ser puro e o não ser absoluto e, por fim, da ciência. Pretendo examinar que, se o sofista e o rétor elaboram uma imitação doxástica, fundamentada na arte antilógica, o filósofo produz uma imitação investigativa, baseada na ciência da verdade, conhecimento e ser.

Referência(s)