Caracterização epidemiológica dos casos de Sífilis Congênita na região norte do Brasil, no período 2014 a 2019
2020; Linguagem: Português
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/regiao-norte
ISSN2448-0959
AutoresCarolina Gomes Almeida, Gabriel Pereira Ávila, Isabelly Montenegro Teixeira, Raíza Júlia Viana Rodrigues, Cláudio Alberto Gellis de Mattos Dias, Euzébio de Oliveira, Carla Viana Dendasck, Maria Helena Mendonça de Araújo, Amanda Alves Fecury,
Tópico(s)Maternal and Neonatal Healthcare
ResumoA sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, adquirida, em grande maioria, por transmissão sexual. A sífilis congênita é uma doença contagiosa e de transmissão vertical (da mãe para o feto). Este estudo teve por objetivo apresentar o número de casos notificados de sífilis congênita na região norte do Brasil, entre os anos de 2014 a 2019, e caracterizar o perfil epidemiológico dos casos. Foi realizada pesquisa descritiva, transversal e retrospectiva, utilizando banco de dados do DATASUS. Houve aumento do número de casos no período avaliado, destacando-se o Estado do Amazonas, que apresentou o maior número de notificações. Com relação a realização do pré-natal, uma média de quatro vezes mais mulheres realizam que as que não realizaram. As mulheres com grau escolar materno da 5º a 8º série incompleta do ensino fundamental apresentaram maior número de casos da doença. Apesar de a região norte ter uma elevada realização de pré-natal, a maior parte dos casos de sífilis congênita foi diagnosticada somente após o parto, indicando interpretações errôneas quanto aos exames e consequente erro no diagnóstico e tratamento. Sendo a forma precoce (surgimento até o 2º ano de vida) a maior parte do número de casos, sucede-se uma evolução favorável da doença. A escolaridade e a renda parecem ser fatores que influenciam no diagnóstico tardio da doença. Há necessidade do aumento de parceiros tratados, diminuindo a transmissão da sífilis e, consequentemente, da sífilis congênita.
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