
De volta da Boulé: uma rápida disquisição sobre "Cavaleiros" 611-755
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português
10.25187/codex.v8i2.38229
ISSN2176-1779
Autores Tópico(s)Historical and Literary Analyses
ResumoA sizígia dos versos 611 a 755 prepara o público de Cavaleiros para o segundo e mais importante agón da peça, em que acontece o reencontro do salsicheiro com o paflagão. Esse proagón assinala que o salsicheiro já perdeu a inocência, tornando-se competidor. Na peça, parece haver, porém, inconsistências na caracterização tanto do salsicheiro quanto do paflagão. O propósito deste artigo é, portanto, propor uma resolução para essas aparentes inconsistências, delineando uma opção coerente de caracterização por parte do dramaturgo em relação à narrativa da boulé e da colisão diante da casa de Demos, assim explicando como é possível que Aristófanes mantenha as duas seções separadas sem perder o tom de vitupério e sem fazer uso de repetições excessivas.
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