Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

In the flow of Anhembi-tietê: the river and the colonization of the capitania de São Vicente in the 16th and 17th centuries

2020; Centre de Recherches sur les Mondes Américains; Linguagem: Português

10.4000/nuevomundo.82993

ISSN

1626-0252

Autores

José Carlos Vilardaga,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

O presente artigo visa analisar o rio Anhembi, chamado Tietê depois do século XVIII, dando destaque à sua fundamental importância para a fixação das populações indígenas e, posteriormente, da sociedade colonial instalada a partir do século XVI, no Planalto de Piratininga. Esta região era o centro de uma ampla rede hidrográfica, e formada por várzeas, campos e colinas, situada depois da Serra do Mar, cadeia montanhosa próxima ao litoral. No planalto, aproveitando-se de uma densa presença Tupi, e de seus saberes acumulados, jesuítas e colonos assentaram-se gradativamente através de alianças, guerras, escravização e mestiçagens, formando a vila de São Paulo (Capitania de São Vicente). O rio Anhembi e seus afluentes garantiriam alimento, água e formas de circulação. Tanto a jusante quanto a montante, o rio serviu aos processos de expansão do núcleo paulista, alargando sua área de influência e conformando uma espacialidade colonial, na qual ele atuou como eixo estruturante. Ademais, o rio permitiu relações, pacíficas e conflituosas, com as áreas espanholas da América, interiores, sobrepondo relações coloniais às relações entre tupis e guaranis. Dessa forma, seguindo o fluxo do rio, que corre a oeste desde a Serra do Mar, o espaço colonial se estruturou num continuum que articulava o litoral, o planalto e o sertão.

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