Artigo Acesso aberto

Calendários com exibição de Olimpíadas e previsão de eclipses no mecanismo de Antikythera

2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 10 Linguagem: Português

10.11606/issn.2447-2158.i10p254-322

ISSN

2447-2158

Autores

Beatriz Bandeira,

Tópico(s)

Archaeology and ancient environmental studies

Resumo

Este artigo apresenta as investigações pioneiras realizadas pelos pesquisadores membros (Freeth et. al., 2008) do Projeto de Pesquisa Mecanismo de Anticitera e demonstram, a partir de análises científicas e tecnológicas dos 82 fragmentos de bronze, suas inscrições e engrenagens, a estrutura e as funções do primeiro computador analógico da história, o Mecanismo de Anticitera, datado entre os séculos150 a.C. -100 a.C., por estes autores. O aparato, neste contexto, representa a existência da concepção mecânica e da alta tecnologia certamente envolvida neste dispositivo, capaz de prever dados astronômicos tanto do passado, como do presente e do futuro. Para melhor expor suas investigações referentes aos calendários com exibição das Olimpíadas e de previsão de eclipses localizados na parte posterior do mecanismo, os autores apresentam os dados analisados dos mostradores; Metônico (parte superior) e seus relógios subsídiários das Olimpíadas e do ciclo Calíptico, e, o Saros (parte inferior) com a exposição detalhada, dos fragmentos que compõem cada um dos mostrador, a estrutura desses calendários, com interpretações e combinações de glifos, observações dos esquemas babilônicos para previsões de eclipses lunares e solares, seguido da identificação dos problemas com os glifos das horas destas predições. Diante deste contexto é oportuno salientar que, alguns pesquisadores do Centro de História da Ciência da Unversidade de São Paulo instauraram no Brasil (2017) um Projeto de Investigação do Mecanismo de Anticitera e tem como parceiros o Museu Cultural Catavento de São Paulo, que expõe no espaço Universo, uma réplica do dispositivo — doada pelos líderes do projeto —, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), e o Núcleo de Tecnologias Tridimensionais (NT3D), de Campinas São Paulo, que reúnem esforços para reconstruir uma réplica dinâmica do aparato com todas as suas possíveis funções descobertas até o momento afim de viabilizar o acesso à história como patrimônio de toda a humanidade e potencializar a educação tecnológica e museal no cenário histórico, cultural e científico.

Referência(s)