
ESTRATIGRAFIA E EVOLUÇÃO DE UM ESPORÃO ARENOSO EM AMBIENTE MACROMARÉ: PONTA DA AREIA - SÃO LUÍS - MARANHÃO - BRASIL
2020; Volume: 39; Issue: 04 Linguagem: Português
10.5016/geociencias.v39i04.13993
ISSN1980-900X
AutoresLeonardo Gonçalves de Lima, Saulo Santiago de Albuquerque, Gabriel Silva CERVEIRA, Cláudia Klose Parise, Matheus Seguins FERREIRA, Brunno Jansen Franco,
Tópico(s)Coastal and Marine Dynamics
ResumoNa Ilha do Maranhão os sistemas de barreiras costeiras podem ser divididos em dois morfotipos principais: (i) Barreiras de Praias Anexadas, que se caracterizam por uma praia anexada transversalmente a topografia antecedente exibindo um gradiente íngreme onde há perda contínua de areia na costa erodida; e (ii) Barreiras de Esporões Arenosos ligadas a Cabeços de Promontórios, que se caracterizam por um sistema laguna-barreira-esporão ancorado longitudinalmente à topografia antecedente. Este último morfotipo origina-se de um amplo transporte de sedimentos via deriva litorânea, cujo prolongamento é geralmente interrompido pelo efeito espigão hidráulico, junto a elevados prismas de maré nas desembocaduras fluviais. O presente estudo utiliza-se de sondagens do tipo percussão e vibrocore para recuperação do registro sedimentar, o qual é descrito quanto à sua compactação, textura, estruturas e fácies sedimentares. Os resultados obtidos demonstram a natureza estratigráfica da barreira costeira na Praia da Ponta da Areia como uma sequência retrogradacional caracterizada pela migração em direção ao continente de um esporão arenoso. A datação radiométrica de sedimentos lagunares aflorantes na praia atestou a idade de 7.240±30 anos AP indicando que neste tempo, este sistema laguna-barreira-esporão estendia-se mar adentro. Recentemente a construção de um espigão costeiro alterou esta natureza estratigráfica, passando a comportar um sistema progradacional nas imediações do espigão, onde ambientes distais (antepraia) são sotopostos por ambientes proximais (foreshore).
Referência(s)