
Simbionte – Ética da computação
2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 11 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v9i11.11273
ISSN2525-3409
AutoresAndré Souza Lemos, Welisson Marques,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoNeste trabalho se encontra uma conexão entre a educação matemática e a arquitetura do conhecimento da computação, na noção de sistema formal. O que contamos aqui é a história do fracasso do bloqueio da simbiose de sistemas de pensamento heterogêneos. Essa é a história da computação, como momento talvez culminante de um projeto de unificação dos sistemas de pensamento. Partimos da transição observável entre a produção de autoevidência, convenção da matemática escolar clássica, e a realização da máquina de calcular. Num segundo momento caminhamos na direção da construção do conhecimento teoremático, que se prolonga na noção de máquina configurável. Essa é a experiência comum dos sistemas computacionais. O trabalho então se debruça sobre a terceira etapa, que corresponde à conexão possível entre o ideal de formalização matemática e o conceito de linguagem computacional, que está na origem do conhecimento da ciência da computação, e que desemboca no último estágio do percurso: o campo problemático dos sistemas autorreferentes, em que a tentativa de consubstanciar a recusa à simbiose dos sistemas de pensamento heterogêneos entra em uma deriva que a fará fracassar. O desenvolvimento conceitual assim engendrado acaba funcionando como conexão com o exterior do pensamento. Um exterior que impõe a consideração de que, à semelhança da psicanálise, o que resta do fracasso da computação como disciplina é uma ética.
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