Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

TODA A RUDEZA, NA VERDADE, É CALMA

2021; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 28; Issue: 52 Linguagem: Português

10.12957/matraga.2021.52009

ISSN

2446-6905

Autores

Marcus Vinícius de Freitas,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este artigo analisa o livro Poema algum basta, de Maria Amélia Dalvi, com vistas à exposição de sua poética. Em oposição ao que, na poética contemporânea, se pode chamar de metapoesia das coisas, combinação dos legados da Poesia Concreta e da Poesia Marginal, Dalvi faz um salto sobre essas linhas de força em direção à grande tradição modernista, que aproxima construtivismo e engajamento, arte e política, como descreve Silviano Santiago através do conceito de “literatura anfíbia”. Nesse passo, pode-se dizer que a escritora constrói uma “poética da educação”, na qual se encontram presentes tanto a atribuição de função pedagógica ao intelectual em um mundo distópico, quanto a miragem de um horizonte puro, construído pelo trabalho paciente sobre a forma poética depurada. O artigo aproxima ainda as imagens recorrentes da montanha e do mar na poesia de Maria Amélia Dalvi com o hexagrama 4 do I Ching, Imaturidade, cujo tema é a educação.

Referência(s)