Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Judith Butler

2020; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 65; Issue: 3 Linguagem: Português

10.15448/1984-6746.2020.3.38662

ISSN

1984-6746

Autores

Jerônimo de Camargo Milone,

Tópico(s)

Decolonial Thought and Epistemologies

Resumo

O presente artigo debruça-se sobre a tradução argentina do livro Who Sings the Nation-State? de Butler e Spivak. Colocando em questão a relação entre tradução e hino nacional para sublinhar o possível nacionalismo atinente a determinadas manifestações políticas, esse mesmo livro, não obstante a sua própria advertência sobre a necessidade de incli-nação para cantar o hino, “erra” a grafia de “Il [sic] pueblo unido jamás sera [sic] vencido” ao citá-lo. Entretanto, será esse o caso de um “erro” deliberado, de uma contradição performativa? Com que incli-nação Butler terá citado essa canção? E o que poderia significar o fato de que, havendo suspeita de nacionalismo de um lado, de outro parece não haver, pois o tradutor da edição argentina “corrige” esses erros e, ao mesmo tempo, testemunha, em nota de rodapé, que estão “En español en el original”? Analisando esses impasses da tradução, o artigo pretende indicar a contundência política que há na tarefa do tradutor e nas formas com que a literatura infringe as gramáticas.

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