
Risco de crédito e eficiência técnica nas cooperativas de crédito brasileiras
2020; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 18; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/1679-395120200001
ISSN1679-3951
AutoresLua Syrma Zaniah Santos, Valéria Gama Fully Bressan, Vilmar Rodrigues Moreira, ROMEU EUGÊNIO DE LIMA,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
ResumoResumo Este estudo analisa a relação entre o risco de crédito e a eficiência das cooperativas de crédito brasileiras no período de 2008 a 2017. Utilizou-se o modelo de Data Envelopment Analysis em dois estágios para a obtenção dos escores de eficiência, com a análise de um modelo Tobit no segundo estágio. Foram consultados especialistas para a construção e a validação dos escores de eficiência, o que é uma contribuição desse estudo em relação aos demais. Constatou-se que, quanto maior o risco de crédito, menores os escores de eficiência. De igual modo, viu-se que as cooperativas de crédito que conseguem manter sua continuidade no mercado e diversificam seus produtos tiveram maiores escores de eficiência e, por consequência, geraram mais benefícios aos associados. Adicionalmente, as cooperativas devem se atentar no número de pontos de atendimentos e em períodos de recessão econômica. O aumento do número de pontos de atendimento reduz os escores de eficiência. Considerando o período de retração econômica brasileira medido no período de 2015 a 2017, verificou-se um impacto negativo nos escores de eficiência médios das cooperativas. Como limitação, os resultados são decorrentes de inputs e outputs selecionados de informações contábeis e financeiras, de modo que se sugere que novas variáveis relacionadas à dimensão social das cooperativas sejam incorporadas em outros estudos a fim de avaliar a eficiência global das cooperativas de crédito brasileiras.
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