Artigo Acesso aberto Revisado por pares

O riso dos narradores mortos em filmes brasileiros: Toda Nudez será castigada (1973), Brás Cubas (1988) e Memórias Póstumas de Brás Cubas (2001)

2019; King's College London; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.25160/bjbs.v7i1.109687

ISSN

2245-4373

Autores

Ute Klara Maria Hermanns,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Neste artigo serão abordados três filmes no decorrer da produção cinematográfica brasileira de 1972 a 2001 que deixam falar e rir as "vozes do além" que os diretores encontraram em peças de teatro e na literatura brasileira. Muitas vezes, diretores brasileiros de cinema recorrem à literatura para discutir questões éticas e políticas. Ao escolher narradores mortos é possível mostrar acontecimentos, eventos e ciclos vividos sob uma determinada luz, o que nos leva a um patamar meta-discursivo. Isso pode permitir entrar em um diálogo com os sobreviventes, os fantasmas. O meio do cinema com os seus recursos técnicos permite mostrar os narradores mortos porque continuam vivos na tela do cinema. Através dos narradores mortos pode ser introduzida uma correção nas suas histórias de vida para transmitir uma versão autêntica do vivido capaz de responder e interpretar a história ou os tempos do passado. [1] Palestra no 12oCongresso Alemão de Lusitanistas na Universidade Johannes Gutenberg, Secção 3, Vozes do além, 13-16 de setembro de 2017.

Referência(s)