
PERFIL ALIMENTAR E REGANHO DE PESO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO / FOOD PROFILE AND WEIGHT REGAIN OF PATIENTS SUBMITTED TO BARIATRIC SURGERY IN AN UNIVERSITY HOSPITAL
2020; Brazilian Journal of Development; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português
10.34117/bjdv6n12-094
ISSN2525-8761
AutoresMiniamy Pereira Nóbrega, Poliana Coelho Cabral, Cláudia Porto Sabino Pinho, J Maia da Costa, Denise Sandrelly Cavalcanti de Lima,
Tópico(s)Nutrition and Health in Aging
ResumoIntroducao: O consumo alimentar inadequado apos a cirurgia bariatrica pode resultar em deficiencias nutricionais e recidiva da obesidade. Objetivo: Avaliar o consumo alimentar de pacientes submetidos a cirurgia bariatrica em um hospital universitario. Metodologia: Estudo observacional, de delineamento transversal, com amostragem nao-probabilistica por conveniencia, desenvolvido entre marco a setembro de 2018 no ambulatorio de Cirurgia Geral do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), com pacientes entre 12 a 60 meses de pos-operatorio de sleeve gastrico (SG) ou de bypass gastrico em Y de Roux (BGYR). Foram coletados dados socio-demograficos e antropometricos. O sucesso cirurgico e o reganho ponderal foram avaliados. O consumo alimentar foi obtido atraves da aplicacao de um recordatorio alimentar de 24 horas. O Questionario de Frequencia Alimentar (QFA) foi utilizado para analise qualitativa da dieta, sendo avaliado por escores de grupos de alimentos de risco e de protecao para ganho de peso. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes (18 SG e 12 BGYR), com idade de 45,5 ± 10,1 anos e tempo pos-operatorio de 31,5 ± 16,9 meses, sendo 17 (93,3%) do sexo feminino. Quanto a renda per capita , 76,6% (n = 23) recebiam ≥1 salario minimo e para a escolaridade 86,6% (n = 26) tinham ≥9 anos de estudo. O IMC pre e pos-operatorio foi de 47,7 ± 7,6 kg/m² e 31,9 ± 6,8 kg/m², respectivamente. Quanto ao sucesso cirurgico e reganho ponderal, 26 (86,6%) alcancaram sucesso, enquanto 16 (53,3%) apresentaram reganho de peso. Nove pacientes (30,0%) referiram aversao a carne vermelha e 7 (23,3%) nao utilizavam suplementacao polivitaminica. O consumo calorico e proteico foi de 1.241,1 ± 618,7 kcal/dia e 69,3 ± 43,1 g/dia. A quantidade minima diaria de proteina recomendada (60 g/dia) nao era alcancada por 50% (n = 15) dos pacientes. Nao houve associacao significativa entre o consumo alimentar e renda familiar, tempo de pos-operatorio, tipo de procedimento cirurgico e reganho ponderal. Mais da metade da amostra apresentou consumo alimentar inferior ao recomendado de calcio, ferro e vitamina D. O escore do consumo de alimentos protetores (6,5620 ± 1,4657) foi maior que os alimentos classificados no grupo de risco (1,8221 ± 2,4098; p < 0,0001). Conclusao: O consumo alimentar inadequado pode persistir no pos-operatorio da cirurgia bariatrica, contribuindo para o desenvolvimento de carencias nutricionais e recidiva da obesidade.
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