Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Uma análise da analogia feita por Kuhn entre revoluções científicas e políticas

2021; INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE; Volume: 17; Issue: 4 Linguagem: Português

10.15536/thema.v17.2020.871-882.1438

ISSN

2177-2894

Autores

Luiz Seabra, Elizabeth de Assis Dias,

Tópico(s)

Education and Public Policy

Resumo

Thomas Kuhn, em sua obra A estrutura das revoluções científicas faz uma analogia entre revoluções políticas e científicas para esclarecer a natureza dessas últimas dando ênfase a alguns aspectos em comum entre ambas. O objetivo deste trabalho é analisar até que ponto essa analogia é válida. Para tal, tomaremos como referência a concepção de revolução política formulada por Alexis de Tocqueville em O antigo regime e a revolução, pois para nós, Kuhn tem em mente a revolução francesa ao fazer sua comparação. Consideramos os dois tipos de processos revolucionários comparáveis se enfatizarmos apenas seus aspectos estruturais, mas se pretendermos identificar os motivos da sua realização e explicar a racionalidade científica por meio de esquemas conceituais das ciências sociais, a analogia apresenta limitações. Como fundamento a esta última posição, tomaremos por base as críticas à analogia kuhniana feitas por Alberto Oliva em sua obra Ciência e sociedade: do consenso à revolução. Palavras-chave: Revolução científica; revolução política; analogia; mudança.

Referência(s)