Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Gestão dos Terrenos Comunitários. Análise dos Planos de Utilização dos Baldios

2020; EDP Sciences; Volume: 28; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1051/silu/20202802091

ISSN

2183-0363

Autores

Iryna Skulska, Maria do Loreto Monteiro, Francisco Rego,

Tópico(s)

Forest Management and Policy

Resumo

Os terrenos comunitários (baldios) ocupam atualmente cerca de meio milhão de hectares em Portugal continental e constituem um património valioso e um importante espaço agroflorestal. Em 1976, os baldios foram devolvidos às comunidades rurais após décadas de ocupação pelo Estado Novo e reflorestação sob o Regime Florestal. Em 2007, entre a Direcção-Geral dos Recursos Florestais e as principais federações florestais com intervenção nos baldios foi assinado um protocolo para a elaboração de Planos de Utilização dos Baldios (PUB), tendo vindo a ser produzidos 830 planos. Entre 2016 e 2019 toda a informação, relacionada com os PUB foi recolhida para organização de uma base de dados com 664 planos, bem como para o procedimento de análise estatística com o objetivo de comparar as quatro principais modalidades de gestão dos baldios. Os resultados obtidos permitiram caracterizar as florestas comunitárias. A maior parte das áreas florestais baldias estavam administradas em cogestão com o Estado verificando-se que, em todas as modalidades de gestão analisadas, a produção florestal prevalece como uma das principais aptidões e estratégias. A maioria destas florestas é composta por coníferas, apontando-se o interesse da conversão para florestas mistas. Os PUB permitiram também conhecer muitas outras características dos baldios e da sua gestão e forneceram indicações diversas sobre o potencial destas áreas para o desenvolvimento de novas atividades económicas.

Referência(s)