
Endometriose e a qualidade de vida das mulheres acometidas
2021; Volume: 19; Linguagem: Português
10.25248/reac.e5928.2021
ISSN2595-7899
AutoresBeatriz Valente Baetas, Bianca Valezin Bretas, Caroline Molina Maziviero, Geovanna Zucareli De Moraes, Larissa Tocci Savi Rodrigues, Alan Zanluchi, Wagner Alves de Souza Júdice,
Tópico(s)Endometriosis Research and Treatment
ResumoTrata-se de um estudo transversal e qualitativo no qual avaliamos a qualidade de vida de 640 mulheres acometidas de endometriose por meio da aplicação do questionário EHP-30, pois a doença causa significativos impactos psicológicos em âmbito emocional decorrentes de diversos fatores como dores crônicas, infertilidade, redução das atividades, isolamento social, impacto econômico, interferência nas relações afetivas e familiares, dentre outros que prejudicam a qualidade de vida dessas mulheres. Verificamos que 66,43% apresentaram baixa qualidade de vida. A Dimensão dor afetou 78,04% das participantes. Idades entre 14-20 e 41-53 anos foram as mais acometidas pela dor. A Seção Filhos foi pouco impactada afetando apenas 22,99% das mulheres. A seção Gravidez apresentou maior relevância na qualidade de vida caracterizada pela infertilidade atingindo 55,34% das mulheres. A seção Tratamento, o segundo fator mais impactante, atingiu 40,39% das participantes. Dentre as mulheres 32,26% relataram evitar relações sexuais por apresentarem dispareunia e 40,39% estavam frustradas com o próprio tratamento. Conclui-se que a dor decorrente da endometriose afeta a vida social da mulher, altera seu interesse sexual, modifica sua concepção de mulher devido à infertilidade, ocasiona alterações de humor, depressão e irritabilidade reduzindo sua qualidade de vida.
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