
INDUÇÃO DE POLIPLOIDIA VIA APLICAÇÃO DE COLCHICINA EM rubus imperialis A CAMPO
2020; Volume: 1; Issue: 13 Linguagem: Português
10.21166/micti.v1i1.1568
ISSN2316-7165
AutoresHigor Kubichen, Denise Fernandes,
Tópico(s)Growth and nutrition in plants
ResumoA Rubus imperialis é uma planta nativa do sul do Brasil e possui diversas propriedades medicinais e nutricionais, mas, ainda não foram exploradas intensivamente devido ao seu difícil manejo e frutos pequenos. A poliploidia é uma técnica da biotecnologia vegetal e uma das alternativas para fixar características desejadas, dentre elas: frutos robustos e aumento da produtividade, o que possibilitará viabilizar seu cultivo e produção comercial. O objetivo deste trabalho foi a indução da poliploidia via aplicação de colchicina, um agente químico inibidor do fuso mitótico e assim promotor da poliploidia em amoreira branca a campo. A metodologia apresenta o cultivo de acessos de plantas de amoreira branca, coletadas no estado de Santa Catarina, cultivados em vasos de 11 litros em viveiro coberto com sombrite 50% deretenção dos raios solares, irrigação manual e indução ao crescimento vegetativo através de adubação. A indução a poliploidia foi realizada em ramos, onde foram testadas diferentes doses de colchicina (0,00; 0,01; e 0,05%) preparada em pasta de lanolina. Para a aplicação da colchicina foi necessário anteriormente preparar as plantas e ramos, para isso, o crescimento vegetativo foi induzido através de adubação. Após forte restabelecimento do crescimento vegetativo o ápice caulinar foi retirado para a quebra da dominância apical e estimulo do o crescimento das gemas laterais. A aplicação da colchicina ocorreu nas seis primeiras gemas laterais partindo do ápice caulinar. O crescimento e a sobrevivência dos ramos tratados com colchicina foram avaliados semanalmente durante os dois meses seguintes. Os resultados obtidos foram a sobrevivência de 30% na dose de 0,05% de colchicina sobrevivência de 40% na dose de 0,01% de colchicina e crescimento dos brotos durante o primeiro mês. O segundo mês a taxa de mortalidade superou a de sobrevivência acarretando na mortalidade da maioria dos ramos não sendo possível avaliar a comprovação da poliploidia. Assim, levantamos a hipótese de que a pasta de lanolina inibiu as trocas gasosas com o ambiente resultando na mortalidade dos ramos e também em uma possível toxidade do produto, resultando a senescência do ramo. Em contra partida, o experimento a campo mostrou-se viável e de fácil manejo, ou seja, viabilizando o estudo do melhoramento a campo. Inesperadamente, a pandemia de COVID-19, impossibilitou a implantação de segundo experimento e o enfoque do projeto seguiu para estudos bibliográficos. Nesse estudo encontramos o potencialeconômico da Rubus imperialis, podendo ser utilizada como medicamento para dores de cabeça e também para a indústria alimentícia, além da alimentação de frutos in natura. Quanto ao seu potencial medicinal, o estudo realizado por Filho (2000) apresentou que o composto foi aproximadamente 30 vezes mais potente do que a aspirina e o paracetamol para alivio de dores. Assim acreditamos que a amora branca após poliploidia pode ser implantada com uma nova fonte de renda para produtores do Sul e Sudeste do país com a venda de um produto de alto valor agregado.
Referência(s)