
CULTURA ELITISTA E CULTURA DE MASSA EM ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
2020; UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI; Volume: 10; Issue: 01 Linguagem: Português
10.47295/mren.v10i01.2780
ISSN2316-1663
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO presente artigo objetiva realizar uma leitura do romance Ensaio sobre a cegueira (1995), do escritor português José Saramago abordando a relação entre cultura elitista e cultura de massa como um dos paradoxos do pós-modernismo. A relação entre cultura elitista e cultura de massa é um dos índices que contribui sobremaneira para a fragmentação da narrativa pós-moderna. Os romances pós-modernistas utilizam a estrutura da cultura de massa para questionar a partir de dentro os seus paradigmas. Em Ensaio sobre a cegueira , essa aproximação paradoxal fica evidenciada, na presença de inúmeros ditados populares, por vezes modificados parodicamente, coexistindo com a utilização inabitual dos sinais de pontuação, que exige uma leitura mais apurada e atenciosa. Para travarmos tal diálogo utilizaremos os estudos teóricos de Jean-François Lyotard, Fredric Jameson e Andreas Huyssen para discutir a pós-modernidade como um novo momento sócio-político-cultural, além dos trabalhos de Linda Hutcheon e Ana Paula Arnaut, apresentados em contraponto à crítica de Terry Eagleton. Verificou-se que, embora abordada separadamente, a relação contraditória e paradoxal entre cultura elitista e cultura popular concorre para a fragmentação da narrativa e para a leitura do romance como uma obra pós-modernista. DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i1.2780
Referência(s)