
Creste, Ouviste, Viste
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Issue: 19 Linguagem: Português
10.24858/rdm.v0i19.399
ISSN2237-6585
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoInicio este artigo com um dito popular oriundo da descrenca de Tome, o Apostolo, diante da aclamada ressureicao. So acredito vendo e uma expressao que auxilia o desenvolvimento de uma exposicao sobre os criterios de veracidade auferidos pela mitologia crista, pela mitologia grega e pela historia grega. Por isso a inversao temporal inicial, pois parti do campo comum – a atualidade do dito popular – em direcao as discussoes sobre o fazer poesia e o fazer historia na Antiguidade grega classica. Os poetas-cantores tinham no ouvido o seu principal instrumento de trabalho, pois as Musas lhe sopravam palavras ora genuinas ora assemelhadas aos fatos. Ja os historiadores da Antiguidade tinham a primazia do olhar como crivo de suas narrativas. Tome, um errante neste mundo, servira como grande suporte para as discussoes em torno da fe, dos ouvidos e dos olhos. Assim, o objetivo deste artigo e indicar os dilemas em torno das distintas modalidades de crenca na Antiguidade a partir do modo como as personagens legitimavam os seus discursos.
Referência(s)