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Prevalência de ansiedade em profissionais da saúde em tempos de COVID-19: revisão sistemática com metanálise

2021; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 26; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1413-81232021262.38732020

ISSN

1678-4561

Autores

David Franciole Oliveira Silva, Ricardo Ney Cobucci, Vanessa de Paula Soares-Rachetti, Severina Carla Vieira Cunha Lima, Fábia Barbosa de Andrade,

Tópico(s)

Healthcare professionals’ stress and burnout

Resumo

This study sets out to identify the prevalence of anxiety among health professionals during the COVID-19 pandemic. It involves a systematic review and meta-analysis of studies published in any language in 2020. A search was conducted in the Embase, LILACS and PubMed databases using the keywords anxiety, COVID-19, health workers, and synonyms. The estimated overall prevalence of anxiety with a 95% confidence interval was calculated using the random effects model. Of the 861 records identified, 36 articles were included in the systematic review and 35 in the meta-analysis. The overall prevalence of anxiety was 35% (95%CI: 29-40). A higher risk of anxiety was identified among women compared to men (Odds Ratio: 1.64 [95%CI: 1.47-1.84]), and in nurses, in comparison with physicians (Odds Ratio: 1.19 [95%CI: 1.07-1.33]). Being on the front line of COVID-19, being infected with coronavirus and having chronic diseases were also factors associated with a higher risk of anxiety. A high prevalence of anxiety among health professionals was observed, with higher risk among women and nurses. There is a pressing need for measures aimed at prevention of anxiety and providing early and appropriate treatment for those suffering from moderate and severe anxiety.O objetivo deste estudo é identificar a prevalência de ansiedade em profissionais de saúde durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de revisão sistemática de estudos publicados em qualquer idioma em 2020. Foi realizada busca nas bases de dados Embase, LILACS e PubMed utilizando os descritores anxiety, COVID-19, health workers, e sinônimos. A estimativa da prevalência geral de ansiedade com intervalo de confiança de 95% foi calculada utilizando o modelo de efeitos aleatórios. Dos 861 registros identificados, 36 artigos foram incluídos na revisão sistemática e 35 na metanálise. A prevalência geral de ansiedade foi de 35% (IC95%: 29-40). Foi identificado maior risco de ansiedade nas mulheres em relação aos homens (Odds Ratio: 1.64 [IC95%: 1,47-1,84]), e nos enfermeiros, na comparação com médicos (Odds Ratio: 1.19 [IC95%: 1,07-1,33]). Atuar na linha de frente no combate a COVID-19, estar infectado com coronavírus e apresentar doenças crônicas também foram fatores associados com maior risco de ansiedade. Observa-se alta prevalência de ansiedade entre profissionais de saúde, com maior risco entre mulheres e enfermeiros. Há necessidade de medidas que visem sua prevenção, bem como o fornecimento de tratamento precoce e adequado aos com ansiedade moderada e grave.

Referência(s)