Editorial Acesso aberto Produção Nacional

Editorial: v.05, n.10, jul./dez.2020

2020; Volume: 5; Issue: 10 Linguagem: Português

10.9789/2525-3050.2020.v5i10.184-187

ISSN

2525-3050

Autores

Camila Diogo de Souza, Cláudia Rodrigues, Marcelina das Graças de Almeida,

Tópico(s)

Palliative and Oncologic Care

Resumo

Ainda que seja temática cada vez mais abordada nas diferentes áreas do conhecimento e setores da sociedade, nunca se falou tanto sobre a morte, os mortos e o morrer como no atual contexto pandêmico desse ano de 2020. Com distintas gradações, os diversos países, cidades e localidades vivenciam o drama da quantidade excessiva de mortes, as formas de publicização dos números e os sub-registros, seus impactos sobre o sistema funerário, o desdobramento da legislação restritiva em torno dos ritos fúnebres e seus efeitos sobre a vivência do luto. A partir da delicada e complexa questão dos registros e sub-registros, e da contabilidade do montante de mortos pela pandemia, especialmente no Brasil – cujo governo federal adota uma política neoliberal de direita com postura negacionista em relação à ciência e administração da pandemia –, escolhemos o tema da gestão estatal dos mortos, para reflexão de nossos leitores e leitoras. Mais especificamente, trata-se da abordagem das formas institucionalizadas de construção das desigualdades socioeconômicas e culturais, por meio do tratamento dos mortos, com o objetivo de auxiliar a análise e compreensão dos inevitáveis impactos dessas desigualdades acerca da gestão dos mortos em decorrência da Covid-19.

Referência(s)