
REFLEXIVIDADE NARRATIVA E PODER AUTO(TRANS)FORMADOR
2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA; Volume: 17; Issue: 44 Linguagem: Português
10.22481/praxisedu.v17i44.8018
ISSN2178-2679
Autores Tópico(s)Science and Education Research
ResumoAs abordagens biográficas em educação, malgrado sua diversidade, têm como pressuposto comum o poder transformador da ação de narrar a experiência vivida. Admitem que a reflexividade narrativa propicia à pessoa que narra a possibilidade de dar sentido ao que antes não tinha e, ao ordenar narrativamente os acontecimentos, ela (re)constrói outra versão de si e de sua formação. Uma das grandes inquietações da pesquisa consiste em examinar os modos como a ação de linguagem permite operar versões provisórias de si e da experiência narrada. O objetivo do artigo é contribuir para os estudos sobre a reflexividade narrativa como capacidade humana de operar com a linguagem essas versões de si e seu poder auto(trans)formador. Discutirei as noções de autobiografização e de heterobiografização na articulação com a reflexividade narrativa e suas incidências sobre a formação humana. Interrogo a emergência do eu e a hesitante entrada da subjetividade na pesquisa qualitativa, adotando a perspectiva defendida por Dilthey (2010), que considera inseparáveis os vínculos entre a vida, a experiência vivida e a ciência. A vitalidade do sujeito é aqui estudada com base nas noções de sujeito empírico, sujeito epistêmico e sujeito autobiográfico, enquanto dimensões da subjetividade, que se constituem pela reflexão narrativa nos processos de produção e recepção de narrativas da experiência.
Referência(s)