De Santa à perigosa
2021; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA; Volume: 16; Linguagem: Português
10.5965/1808312915252020e0042
ISSN1808-3129
AutoresMegg Rayara Gomes de Oliveira,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoNeste artigo problematizo a representação e apagamento de corpos trans femininos nas artes visuais até o final do século XIX. Procuro identificar personagens trans femininas em obras de arte que dialogam com o campo do sagrado e da mitologia, bem como em imagens produzidas por ilustradores que estavam a serviço de jornais e dos departamentos de polícia, especialmente na Inglaterra e nos Estados Unidos da América. Textos que discutem história da arte, religiosidade, mitologia, homossexualidade masculina, também foram consultados, porém adoto uma postura genealógica nos moldes propostos por Ines Dussel e Marcelo Caruso (2003). Faço uso, ainda, da perspectiva parcial proposta por Donna Haraway (1995) para analisar fragmentos da História Tradicional e da História da Arte. O conceito de interseccionalidade tem importância central neste trabalho, pois permite articular questões de classe, gênero, identidade de gênero e raça de forma simultânea. Este conceito possibilita o revezamento entre diversas áreas do conhecimento. No caso deste artigo com os estudos culturais, de gênero e diversidade sexual e com as teorias pós-estruturalistas e pós-coloniais. Para dar mais consistência às minhas reflexões, faço uso de inúmeras imagens por entender que a linguagem visual também pode ser discursiva ultrapassando os limites de leituras estéticas.
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