
Elas podem se machucar: As Lutas no combate ao preconceito de gênero na Educação Física Escolar
2021; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 10; Issue: 3 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v10i3.12946
ISSN2525-3409
AutoresÉder Rodrigo Mariano, Francisco Eduardo Lopes da Silva, Sérgio Souza, Deyvid Tenner de Souza Rizzo, Vítor Rosa, Luís Monteiro,
Tópico(s)Doping in Sports
ResumoNa atualidade, as mulheres ainda são estigmatizadas no âmbito esportivo, principalmente no que se refere a prática das Artes Marciais e Esportes de Combate (AM&EC). No contexto escolar, estudos científicos que tratam da interface entre Lutas e questões de gênero são escassos. Esta investigação buscou apontar a acepção dos alunos sobre a participação feminina nas aulas de Lutas na Educação Física. Os estudantes do 3º ano do ensino médio responderam à um questionário semiestruturado, antes e após, serem submetidos a seis encontros que envolviam aulas teóricas e aulas práticas subsequentemente, totalizando 140 minutos, cada encontro. O estudo ocorreu no Centro Educacional Dom Ungarelli, em Pinheiro-MA, numa sala de aula adaptada com Tatame e abrangeu 13 modalidades de Lutas. Os pais autorizaram-nos a participar, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo excluídos aqueles que não frequentaram 75% das aulas ou não responderam. Os resultados mostram que, preliminarmente, 150 estudantes que participaram do estudo, 120 consideraram negativa a participação das meninas, pelo risco de se machucarem; apenas 19 julgaram-nas capazes e 11 com direitos iguais aos meninos. Posteriormente, todos aprovaram-nas nas aulas de Lutas, 35 confirmaram a capacidade delas e 60 estudantes passaram a reconhecer como uma prática em que as meninas também tem direito de participar; e destacamos que 55 estudantes perceberam que as Lutas rompem o preconceito de gênero. Portanto, concluímos que o conteúdo Lutas pode ser uma importante ferramenta educacional no combate aos estereótipos e preconceitos.
Referência(s)