
Como expulsar o camponês do proletário
1990; Issue: 8 Linguagem: Português
10.48213/travessia.i8.173
ISSN2594-7869
AutoresMaria Aparecida de Moraes da Silva,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
ResumoNeste texto, nosso objetivo, será o de apreender os camponeses migrantes não como mera força de trabalho pronta, massa transformada, massa isomorfa para o capital. Busca-se a rejeição da passagem imediata da condição camponesa para a de proletário, como se se tratasse de um passe de mágica imposto e determinado pelo capital. Mesmo que, teoricamente, as unidades camponesas venham a “ funcionar” como exército de reserva para esta agricultura capitalista, há que se considerar que a mutação do camponês em força de trabalho, logo, a mutação em trabalhador alienado, em tempo de trabalho, insere-se num processo longo, necessariamente histórico, pleno de meandros e sutilezas nem sempre visíveis e reconhecíveis. O tempo de trabalho, a generalização do trabalho abstrato são partes da estrutura do capital. Portanto, a coisificação do homem não obedece a uma mecânica linear. Ela assume características específicas nas distintas formações sociais. [...]
Referência(s)