
Utilização do biocarvão de bagaço de laranja na remoção de tetraciclina em água residuária
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 26; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1517-707620210002.1280
ISSN1517-7076
AutoresRoseanne Santos de Carvalho, Maria de Lara Palmeira de Macedo Arguelho, Gregório Guirado Faccioli, Rômulo Alves de Oliveira, Erik Santos Passos, Alanna Vieira Silva, Beatriz Feitosa Sandes dos Santos,
Tópico(s)Advanced oxidation water treatment
ResumoRESUMO Diversos estudos têm relatado a presença de micropoluentes emergentes em níveis de traços em diversas partes do mundo, sendo encontrados em esgotos sanitários, efluentes hospitalares, efluentes industriais, águas superficiais, ambientes marinhos e sedimentos. Neste contexto, o presente artigo se baseou no estudo da capacidade de remoção da tetraciclina nos efluentes utilizando um tratamento terciário à base de biocarvão de bagaço de laranja. A metodologia foi baseada no estudo das interações com o fármaco e na aplicação em efluentes domésticos. O modelo de Langmuir foi o que melhor se adaptou ao biocarvão, configurando adsorção de natureza física, favorável para o processo de dessorção. O modelo cinético que mais se ajustou foi o de pseudo-segunda ordem e o tempo de equilíbrio estimado para o biocarvão foi de oito minutos. O método espectrofotométrico apresentou-se seguro, econômico e viável para monitoramento do processo adsortivo. O biocarvão teve capacidade de adsorção da tetraciclina de 100% em águas residuárias domésticas e a eficiência da filtração com biocarvão foi em média 25% maior do que com o carvão comercial. Diante do exposto conclui-se a possibilidade de conversão de um resíduo da agroindústria de baixo valor e sem destinação apropriada, em um produto de valor agregado, o biocarvão do bagaço da laranja, a ser utilizado como tratamento terciário para o reuso de efluentes na irrigação de culturas e como adsorvente para remoção da tetraciclina em águas residuárias domésticas.
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