
Processos de territorialização e efeitos da regularização fundiária rural no Norte do Estado de Minas Gerais: memórias de expropriação
2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS; Volume: 19; Issue: 01 Linguagem: Português
10.46551/rc24482692202102
ISSN2448-2692
AutoresEluiz Antônio Ribeiro Mendes e Bispo, Rômulo Soares Barbosa,
Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoO presente artigo propõe um estudo acerca das memórias de expropriação que deram cor e tônica aos complexos processos de territorialização e, ainda, traçar os efeitos concretos das políticas de governo voltadas às pessoas individualmente consideradas e também aos povos e comunidades tradicionais. A partir de uma abordagem dedutiva, propõe-se a utilização de um método quantitativo-descritivo e a realização de uma pesquisa documental, exploratória e historiográfica, mediante coleta e tratamento de dados. A regularização fundiária rural de terras devolutas é marcada por um tensionamento decorrente das relações travadas entre os proprietários de terras (poder privado) e o Estado (poder público), quer sob o prisma da contradição entre a bandeira, forma típica da ocupação do interior, empresa privada e dirigida para os fins e no interesse da propriedade privada, e o próprio Estado. As memórias de expropriação, consubstanciadas pelos chamados “tempos”, provocaram uma reconfiguração do espaço agrário norte-mineiro e incidiram principalmente sob as populações tradicionais que viviam em regime de terras comuns. Nesse contexto, pode-se também pensar a regularização fundiária rural de terras devolutas com um territóriono qual se tem agentes, indivíduos, atores e, consequentemente, posições e disputas simbólicas de um grande jogo social.
Referência(s)